Qualquer pessoa pode tomar remédios para emagrecer?
Não. Existe uma idade mínima para iniciar o uso de medicações para perda de peso, e esta idade varia de acordo com o tipo de medicação que poderá ser utilizada. Também existem medicações que não podem ser utilizadas por pessoas com hipertensão, doença cardíaca ou que estejam tomando certos medicamentos que impossibilitam o uso de fármacos para emagrecer.
Os remédios podem causar dependência?
Existem remédios com grande potencial de dependência, como os derivados anfetamínicos, e aqueles com menor ou quase nenhuma possibilidade de dependência como a sibutramina, por exemplo.
Por quanto tempo pode-se tomar um remédio para emagrecer?
O tempo varia de acordo com a necessidade de cada um. Em linhas gerais, quanto mais obesa uma pessoa é, mais tempo precisará utilizar medicação. As anfetaminas podem ser utilizadas por, no máximo, 3 meses. Particularmente, já não utilizo estas medicações, que levam a perdas de peso bruscas e não naturais.
Quais são as principais diferenças entre os remédios para emagrecer?
Existem os anorexígenos, representados basicamente pelos derivados de anfetamina como a anfepramona, o femproporex e o mazindol; há menos tempo, chegaram as medicações que chamamos de sacietógenos, que provocam a sensação de saciedade, como a sibutramina, e algumas medicações de prescrição “off the label”, ou seja, sem evidências científicas comprovadas, como a bupropiona, a sertralina, a fluoxetina, a metformina e o topiramato.
como saber se um remédio é seguro e eficaz?
A única forma é consultar um bom médico endocrinologista, de preferência alguém que tenha tempo e disposição para explicar detalhadamente vantagens e riscos de cada tratamento.
Quais são os efeitos colaterais mais comuns deste tipo de medicamento?
Cada grupo de medicações possui seu tipo de efeitos adversos, desde boca seca, palpitações, constipação intestinal, tontura e hipertensão, que são frequentes, até efeitos adversos, menos frequentes e mais graves, como depressão grave, transtorno bipolar, síndrome do pânico, arritmias cardíacas, infarto agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral (mais comuns com o uso de derivados anfetamínicos).
Por que fazer dieta quando se está tomando remédio para emagrecer?
O remédio para emagrecer deve ser SEMPRE visto como um facilitador das mudanças de hábito de vida necessárias à perda e à manutenção do peso. Se a pessoa não aprender a comer direito nem incluir uma atividade física em sua vida, isso significa que toda perda de peso que ela conseguiu se deve à medicação e que o peso certamente retornará quando ela for retirada.
O remédio serve para abrandar a ansiedade e, em alguns casos, para dar força de vontade para seguirmos um programa de atividade física. Não existe remédio que “queima gordura”. A única medicação que fazia isso (Rimonabant) foi recentemente retirada do mercado – descobriu-se que podia induzir depressão e até tentativas de suicídio. Qualquer medicação nunca será completamente eficaz se não conseguirmos de fato melhorar nossos hábitos alimentares e de atividade física, começando por uma sensível redução no nosso ritmo de vida.
fonte:revista Saúde em forma
3 comentários:
Todo e qualquer remédio, não só para emagrecer como para todo e qualquer fim deve ser indicado por um médico, de preferência especialista na área que vc julga estar necessitando. BOm a artigo, sempre um alerta. Um abraço.
O que se vê são mais e mais pessoas tentando pegar um atalho para ter um corpo magro, um estereótipo perfeito, pregado e massificado pela mídia. Os remédios para emagrecer, junto com super dietas são as principais e mais errôneas medidas a serem tomadas para quem quer perder peso. Em relação ao post, este é muito bom pois esclarece diversos pontos sobre este tipo de medicamento.
Realmente é triste ver as vezes um certo comodismo nas pessoas, em sua maioria preferem se entupir de remédios para emagrecer e fazem dietas mirabolantes, ao invés de levarem uma vida de verdadeira saúde, com exercícios físicos e boa alimentação.
A verdadeira saúde não está em um corpo aparentemente saudável, mas sim em como se chega até ele.
Valeu, ótimo post, grande abraço!!!
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